Reviews - maio de 2018 (II)


Live In Space (QFT)
(2018, Despotz Records)
(he does pr)
Big bang, viagens no espaço, buracos negros, aliens, colisão de estrelas e o inevitável fim do universo é esta a temática que Linnéa Vikström nos apresenta no seu trabalho de estreia assinado pelo coletivo QFT e denominado de Live In Space. Vikström é conhecida pelo seu trabalho nos Therion e os restantes músicos vêm dos Dynazty. Mas a música de QFT é diferente do que ambos já anteriormente fizeram, apesar de aqui e ali se notarem algumas aproximações ao grupo de Christopher Jonhsson – não claramente evidentes, nem demasiado forçadas, é certo. Mas também se notam influências de Black Sabbath e até de Björk. O álbum foi, basicamente, gravado ao vivo e traz diversos momentos de enorme elegância. Nomeadamente nos mais longos e elaborados, com destaque para os soberbos QFT e Live In Space. [87%]


Night Terror (THE ORDER OF CHAOS)
(2018, Killer Metal Records)
Para quem gosta de senhoras que pegam no microfone e se transformam em forças demoníacas emitindo sons inhumanos das suas cordas vocais, então os The Order Of Chaos são a solução. A banda canadiana já tem três longa-duração no seu fundo de catálogo e Night Terror, lançamento deste ano, é apenas um EP com três temas. O suficiente para nos mostrar o seu heavy metal tradicional que, como por qualquer maldição, se transforma num thrash demolidor. A acompanhar essas metamorfoses instrumentais, está, também a metamorfose vocal, com Amanda Kiernan a mostrar duas facetas bem distintas. [73%]


S. I. N. (VELD)
(2018, Listenable Records)
Spawned In Nothingness, vulgo S. I. N., é o nome da próxima descarga de maleficência e blasfémia oriunda desse nome maior do death black metal bielorrusso – Veld. Romain Giulon (Benighted, Necrophagist) e Karl Sanders (Nile) confirmaram a sua participação nesta rodela demoníaca e agonizante que a Listenable Records coloca no mercado em junho e isso só prova o reconhecimento dos Veld entre os seus pares. Liderados por Karyl Bobrik, a banda volta a devastar tudo e todos com a sua mistura de black e death aonde ainda incorporam elementos sinfónicos, num disco onde a proficiência técnica se mostra apurada no meio de uma incrível brutalidade e devastação de satanismo musical. [58%]


Paramnesia (11th DIMENSION)
(2018, Independente)
Depois do bem-recebido EP de estreia, Odissey, em 2014, os 11th Dimension apresentam o seu primeiro longa-duração. O quarteto lisboeta mostra, em Paramnesia, uma assinalável maturidade, na sua forma de cruzar diversas influências que vão do prog ao groove metal, passando pelo post, death, epic e até a inclusão de elementos eletrónicos. Fundamentalmente conduzido pela voz limpa de Diana Rosa, apenas a espaços se verifica a inclusão de guturais. Paramnesia é um trabalho conceptual, contemporâneo e forjado com sonoridades graves que lhe conferem a correspondente densidade musical. [79%]


A Minor Road (NOX INTERNA)
(2018, Echozone)
Depois de um longo período dedicado a concertos e festivais, os Nox Interna regressam com aquele que é o EP que serve de aperitivo para o próximo álbum da banda de Berlim. Aquele que será o seu quarto registo discográfico está agendado para 2019, mas, para já, apresentam-se dois temas originais e uma versão de Entre Dos Tierras dos espanhóis Heroes del Silencio. Marcante é a forma emocional como a banda de Richy Nox continua a explorar o seu dark rock e por esta primeira amostra, podem esperar um próximo longa-duração de grande nível. [88%]

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