Review: Karma Obscur (Shob)


Karma Obscur (Shob)
(2018, Independente)

Neste início de ano, os baixistas têm estado em plano de evidência. Depois dos lançamentos de nomes conhecidos como Mike Lepond e o seu novo projeto e Stu Hamm, surge um nome menos mediático, mas, nem por isso, menos interessante. Falamos do francês Shob, artista que traz no seu curriculum colaborações com Patrick Rondat, Eths, Charles X ou Sly & The Family Stone. O novo album, Karma Obscur é apresentado como sendo um disco de dark funk e essa definição não podia estar mais correta. Todavia, embora Karma Obscur seja um disco com uma intensa áurea funk, não se limita apenas a este género, entrando, sem pestanejar, por campos do prog, do beat box, do jazz, das big bands, da fusão, do étnico com percussões africanas e até do metal.  Nos treze temas que compõem este trabalho, o baixo assume um papel principal. Virtuoso no domínio de técnicas, destemido no arrojo dos arranjos, empolgante na forma como é executado, o instrumento do francês impõe-se, mas consegue, ainda, deixar espaço para que todos os outros instrumentos tenham o merecido destaque. O miolo do álbum é, quanto a nós, a melhor fase, essencialmente pelo empolgamento que a secção de metais consegue introduzir. Karma Obscur é um disco exuberante, onde a evoluída técnica, a riqueza estilística e a musicalidade se conjugam de forma irreverente e destemida. Um disco não apenas destinado a baixistas, mas onde estes poderão encontrar um manancial infindável de recursos e pormenores únicos de criatividade. [85%]

Highlights
Hors D’oeuvre, Enclosures, Rusty Dog, The Right Move, Green Elephant, Divergence, Except I’m 65

Tracklist
1.      Hors D’oeuvre
2.      Straigh Ahead
3.      Except I’m 65
4.      Enclosures
5.      Karma Obscur
6.      Rusty Dog
7.      The Right Move
8.      Green Elephant
9.      The Professor
10.  Divergence
11.  Action Mutante
12.  Dissection
13.  Sulfur

Músicos
Shob – baixo
Morgan Berthet – bateria
Denis Conardeau, Gabriel Druot, Jean Loup Siaut, Pierre Danel, Shob – guitarras
Jorris Guilbaud, Vincent Vilnet, Tony Laraud, Robin Magord – piano
Laurine Pierre Magnani – vocais
Monkey D Beasty – beat box
Rémy Biesau, PJ Ley – trompete
Olivier Miqueu – trombone
FM Moreau -  saxofone
Ludovic Lesage – percussão

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