Entrevista: Revolution Within

Um line-up estável e uma ligação forte a uma das melhores editoras nacionais estão na origem de três álbuns competentes e uma consolidada carreira de uma década. Tudo isto faz dos Revolution Within uma das principais referências do underground de peso nacional, mantendo um crescimento regular e perfeitamente sustentável. Matador falou-nos da nova proposta Annihilation.

Olá pessoal, tudo bem? Começando já por Annihilation, de que forma se afasta ou aproxima dos vossos trabalhos anteriores?
Boas! Tudo em ordem e bastante animados com este novo disco, respondendo à tua pergunta posso dizer que Annihilation está próximo dos outros trabalhos porque conserva a nossa fórmula de músicas rápidas e com energia, mas sim, neste caso decidimos experimentar um pouco mais e misturar mais cenas Death que nos anteriores.

São uma banda conhecida pela energia positiva, isso mantêm-se neste novo disco?
Mantém-se sim, estamos sempre bem-dispostos e isso nota-se nos nossos concertos, como já referi muitas vezes queremos que as pessoas libertem tudo o que as está a atrapalhar no seu dia-a-dia ao ouvir as nossas malhas seja em disco ou ao vivo, esse é o nosso objetivo.

Quais os aspetos líricos abordados desta vez?
Somos uma banda que liricamente só fala de estados de espírito, não gostamos de falar sobre política ou religião, embora as letras as vezes possam numa que outra frase ir ao encontro sobre isso.

Entretanto, já lá vai mais de uma década de atividade. Que balanço fazem desta aventura?
Temos tido sorte no nosso percurso, cada vez há mais pessoas que entram nesta família, depois de tantos concertos e quilómetros feitos ainda damos os nossos concertos como se fossem o primeiro, claro que a tocar um bocadinho melhor que o primeiro (risos).

Olhando para trás, para essa década ultrapassada, sentem que o vosso esforço tem valido a pena?
Claro que sim! Esta banda para nos é uma maneira de viver, é o nosso orgulho e se ainda vemos pessoal a cantar as nossas músicas, a usar as nossas T-Shirts e comprar os nossos discos é porque também esta a valer a pena para elas, respeitamos muito isso.

Como decorreram, desta vez, os trabalhos de gravação e produção do disco?
Desta vez foi um desafio porque nunca tínhamos trabalhado com o João Dourado dos Golden Jack Studios, a experiência não podia ter sido melhor, o João é muito profissional e tem uma visão muito clara da cena, em resumo foi muito fácil trabalhar com ele e acabamos por ter um resultado mesmo satisfatório do produto final.

E mantém a mesma equipa vencedora com a Rastilho. Uma longa parceria que vem desde muito cedo. Sentem-se em casa…
A Rastilho apostou em nós desde o primeiro álbum e já lá vão 7 anos de parceria. É a nossa casa sem dúvida, estamos agradecidos e satisfeitos de estar nesta editora.

Entretanto passaram quatro anos desde o vosso álbum anterior. Como foi a vossa vida nesse período?
A nossa vida nesses 4 anos basicamente foi tocar, tocar e tocar (risos), tivemos a meio uma pedra no caminho que foi perder o nosso baixista de origem e para concluir os nosso compromissos tivemos ajuda de um amigo de longa data o Katito a quem agradecemos muito pela disponibilidade e amizade, tivemos a oportunidade de tocar no Wacken, fizemos uma mini tour e gravamos um cover de Black Sabbath para celebrar a nossa primeira década e depois disso estivemos quase um ano metidos na sala de ensaio a compor este novo disco.

Projetos para os próximos tempos – o que têm em mente? Estrada… Internacionalização… O que está nos vossos planos?
Muita estrada sem dúvida, já começamos esta nova etapa de promoção e tem sido muito divertido, num futuro próximo vamos lançar um videoclip e sair do país também já está a ser programado.

Muito obrigado! Queres acrescentar mais alguma coisa?
Obrigado a vocês e muito Thrash para todos.

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