Aqueles que
já foram chamados dos mestres do doom
progressivo, os Veni Domine, estão de regresso com Light, sete anos depois do seu último trabalho. De regresso aos
discos e de regresso a uma casa onde já haviam sido felizes: a Massacre Records.
E de regresso com o mesmo DNA musical mas com a vontade concretizada de inovar,
como nos explica o vocalista Fredrik Sjöholm.
Olá Fredrik,
obrigado pelo tempo despendido com a Via Nocturna! Sete anos em silêncio... o que
aconteceu aos Veni Domine?
Chegamos a um ponto em que tivemos de
considerar se queríamos continuar a tocar, o que queríamos musicalmente, para
encontrar a paixão em escrever e tocar música. Demoramos alguns anos, mas acho
que foi um tempo proveitoso para nós.
E também, durante
este tempo, entraram dois novos membros na banda. Qual o papel que eles
desempenharam nesta "ressurreição"?
Na verdade, nós começamos o projeto
como uma banda de três membros, mas tivemos a sorte dos talentos de Olof e Klas
se terem juntado a nós. Todos eles contribuíram com o seu toque musical
específico e input ao longo das
sessões de gravação.
Ressurreição essa
feita sob o signo de qualidade da Massacre. Como aconteceu essa ligação entre a
banda e a editora?
Tivemos a sorte de trabalhar com
eles, há alguns anos, aquando dos lançamentos dos nossos segundo e terceiro
álbuns: Material Sanctuary e Spiritual Wasteland. Graças ao nosso
management MCM-Music, temos a
oportunidade de voltar a trabalhar com a Massacre novamente.
Falando de Light, o vosso novo álbum, como o descreverias?
Como já referi antes, demoramos bastante
tempo nele. Musicalmente tentamos dar alguns passos em frente. Acho que ainda se
podem ouvir aqui os elementos antigos de Veni Domine mas há um novo som e
sentimento.
Podemos,
então, ver Light como uma nova
orientação dos Veni Domine? Mas onde se podem notar ainda a vossas marcas
antigas?
Sim, acho que sim. Não temos medo de
experimentar e tentar coisas novas. Mas sempre irás encontrar os ingredientes
típicos de Veni Domine. É o nosso fundo musical, por assim dizer.
Na verdade, o
título do álbum, Light, traz uma
sensação de positividade e menos doomy...
Pois é... Este é um álbum onde nos queríamos
focar na luz e na esperança, mas de uma forma realista e, claro, Doomy. Acho que é fácil ficar preso no
negativismo e depressão e em todas as coisas más que vemos à nossa volta. É totalmente
compreensível, mas há sempre uma esperança, há sempre uma luz. Acho que todos
nós também precisamos de ouvir isso.
Como foi a
experiência em estúdio no processo de gravação?
Devido ao fato de todos nós termos
empregos a tempo inteiro, famílias e tudo isso, tivemos um dia ou uma noite
para ir em cada semana. E isso pode ser frustrante quando estás com vontade e
ter que parar para levantar cedo na manhã seguinte para ir trabalhar. Tirando
isso, foi muito bom, uma vez que gravamos o álbum com o nosso próprio
equipamento nos Torbjörns Studio, Quarto
do Doom, sem a pressão do tempo. Tudo correu de uma maneira confortável.
Deixa-me
dizer-te que o artwork é sensacional.
Quem foi o responsável?
Muito obrigado!! Na verdade, foi feito
por mim. Para além de escrever música, interesso-me muito por arte e design, por isso, tomei o desafio de
fazer a capa.
Em breve
comemorarão o vosso 30 º aniversário. Estão a pensar em algo grande para
comemorar?
Oh… ainda não pensei verdadeiramente
nisso. O tempo voa… Vamos ver o que pode vir por aí. Obrigado pela lembrança.
E outras projetos
para os tempos mais próximos, como tours.
Têm alguma coisa agendada?
Vamos tocar no Brainstorm Festival Holanda, em novembro. Para além disso, nada agendado
até agora.
Bom Fredrik,
foi um prazer conversar contigo. Queres acrescentar mais alguma coisa para os nossos
leitores ou para os teus fãs?
Foi um prazer também. Um grande
obrigado a todos os nossos fãs por nos apoiarem, mesmo durante estes sete anos
de silêncio. Graças a vocês que se deram ao trabalho de ler esta entrevista e,
finalmente, muito obrigado por comprarem nosso álbum Light.
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