Depois de
quase uma década parados, o ensemble
acústico britânico Auburn regressou em 2011 com Indian Summer, um disco muito bem recebido. Três anos depois o novo
registo chama-se Nashville e
estabelece o coletivo como um dos mais criativos dentro do seu género. A
vocalista e principal mentora do projeto Liz Lenten respondeu às nossas
questões.
Olá Liz,
obrigado pela tua disponibilidade. A primeira pergunta é lógica: vocês são uma
banda britânica, por isso como surgem os nomes Auburn e Nashville, cidades
americanas? Alguma coisa a ver com as vossas influências?
Tudo a ver com as nossas influências!
Auburn era a cor do meu cabelo (na época em que a banda se formou!) E o CD chama-se
Nashville porque foi gravado lá - um sonho de há muito tempo que se tornou
realidade.
No que diz
respeito ao processo de composição, como foi a forma de trabalhar para este
disco?
Esta foi a primeira vez que escrevi
principalmente sozinha. Foi um processo muito orgânico, apenas a dedilhar e
cantar e a viver com isso. Depois escrevi algumas músicas com Gus, o
guitarrista britânico dos Auburn e meu parceiro de escrita de longa data. Escrevemos
5 músicas num fim de semana e 4 acabaram no álbum.
Referiste que
o álbum foi gravado em Nashville e que foi um sonho tornado realidade. Como foi
essa experiência?
Foi incrível! Adorei aquele lugar e
os músicos - tudo cheio de energia, mas ao mesmo tempo descontraído. Os músicos
foram incríveis, generosos e brilhantes. Vou voltar em outubro de 2014, para
gravar um novo CD... Não posso esperar.
Para quem não
conhece os Auburn, como descreverias a tua música?
Música, simplesmente! Tem sido muitas
vezes descrito como americana - uma
vibração acústica, com influências de southern,
jazz e blues - ajuda?
Vocês
estiveram parados alguns anos e regressaram em 2011. O que vos motivou a regressar?
Estivemos realmente parados durante 8
anos! Isso foi devido ao meu filho ter começado a escola e eu querer estar por
perto... Por isso passei a maior parte do meu tempo a ensinar… Quando ele ficou
um pouco mais velho comecei a escrever de novo, em seguida gravamos, até que fizemos
um álbum, e depois fomos convidados para tocar na conferência E1 em Nova Orleães
e para fazer de banda suporte dos Jefferson Starship na sua tournée britânica em 2012. Apanhas o
ritmo e é só continuar.
Indian Summer foi o vosso primeiro
álbum após a reunião e teve excelentes críticas. Podemos considerar Nashville como uma continuação ou é algo
diferente?
Acho que é um pouco diferente. As
músicas de Indian Summer foram
escritas ao longo de alguns anos, foram mudadas, gravadas e regravadas até que
finalmente ficou pronto. As músicas de Nashville
foram escritas em alguns meses (exceto If
You Knew - que o meu pai escreveu há 50 anos) e gravado ao vivo numa semana
- por isso foi uma vibe completamente
diferente.
Neste álbum contas
com a colaboração de músicos que tocaram com Dolly Parton, Roy Orbinson ou
Garth Brooks. Como foi essa experiência?
Esses foram os músicos mais incríveis
com quem já toquei. Tão brilhantes e, simultaneamente, tão simpáticos e tão terra-a-terra. Na realidade, estava um
pouco nervosa e apenas com a forma como eles foram perfeitos no primeiro take – sem nunca sequer terem ouviu as
músicas antes... mas Thomm (produtor) conseguiu convencer-me de que estava
preparada para o trabalho e fiquei com os meus nervos sob controle (!) - e foi simplesmente
mágico a partir daí.
E esse
conjunto de músicos estará disponível para ir em tournée?
A banda que gravou em Nashville está certamente
pronta para quaisquer datas ao vivo nos EUA - e eu gostaria de tocar ao vivo
com eles, planeando algumas datas para o ano que vem, talvez o Folk Alliance em Kansas em fevereiro. Tenho
uma fantástica banda no Reino Unido, com quem tenho trabalhado nos últimos anos
- Gus (guitarrista, co-escritor é o outro membro original de Auburn) e eu
trabalhamos juntos há 20 anos!
Recentemente estiveram
em tournée com os Jefferson Starship.
Que balanço fazes dessa experiência?
Tocamos um set de 35 minutos todas as noites. Foi muito divertido, tocámos
para um monte de gente nova, é claro, e o feedback
e resposta nos shows foi fantástico. Os
Jefferson Starship são pessoas encantadoras e já andamos em tournée com eles duas vezes. Tenho a
certeza que vamos fazê-lo novamente se as agendas o permitirem.
Já existe
algum vídeo para Nashville? Há mais
algum previsto?
Há alguns vídeos na internet de músicas ao vivo, que as
pessoas têm visto e partilhado e nós já temos online dois vídeos produzidos - Lets
Start Over e Hurting. O vídeo Sitia Bay acaba de ser concluído e será
lançado ainda esta semana. E temos um vídeo incrível para Leaving Day que trabalhamos com um correspondente de guerra e que
tem algumas cenas incrivelmente comoventes dos soldados na linha de frente no
Afeganistão e que nos foi dada permissão para usar. Este será lançado em
conjunto com a Help For Heroes e
outras instituições de caridade militares – estamos muito animados a este
respeito.
E a respeito
de espetáculos? Alguma coisa prevista?
Nada até ao final do ano – agora estamos
a fazer uma pausa durante o verão para terminar de escrever o novo álbum que
deverá ser gravado em outubro. Em setembro teremos alguns shows em locais chave para trabalhar as novas músicas ao vivo e em
seguida, planeamos mais alguns espetáculos até final de 2014.
Bem Liz, foi um
prazer conversar contigo! Queres acrescentar mais alguma coisa?
Só para dizer muito obrigado pelo teu
apoio - e por favor, vão até à nossa página do facebook e façam muitos like’s!
A minha equipa promocional fica contente por ver rostos novos por lá!
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