Review: Ghost Opera (Kamelot)


Os Kamelot têm sido ao longo destes últimos anos uma marca da boa forma de produzir power metal sem ser, necessariamente conotado com a produção americana nem, simultaneamente, padecer dos clichés que marcam a sua vertente europeia. Os três últimos trabalhos do quarteto (agora quinteto, com a inclusão do teclista germânico Oliver Palotai) são quase perfeitos. Os Kamelot acertaram na fórmula em Karma, reinventaram-na em Epica e arriscaram um passo em frente em The Black Halo. E agora? Pois, agora parece que chegaram a um beco sem saída. Aqui, esta ópera fantasma parece demasiado previsível para o seu próprio bem. Tudo que neste álbum se ouve parece já ter sido ouvido nas últimas três propostas do colectivo. As diferenças estão na velocidade dos temas, pois em Ghost Opera poucos são os verdadeiros temas de real power metal, situando-se todos num ritmo a meio tempo. Kahn continua a revelar-se um vocalista de eleição (um dos melhores actualmente) com a sua voz quente, calma e extraordinariamente melódica, mas também ele já demonstra não apresentar muita variedade na sua perfomance. Ainda assim, alguns temas como Love You To Death, Mourning Star, EdenEcho ou até Silence Of The Darkness são dignos sucessores dos anteriormente citados álbuns. Todavia não chegam para colocar Ghost Opera no lote dos imprescindíveis na carreira dos norte-americanos.

Nota VN: 16,33 (17º)

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